Custa a
acreditar que Zhang Yimou, diretor de filmes marcantes como “Lanternas
Vermelhas”(e eu lembro Gong Li, a atriz
que o amigo Alexandrino Moreira passou a chamar de “minha namorada”)tenha feito
este “Grande Muralha”(The Great Wall) ora em cartaz internacional.
O filme
é vendido como o mais caro feito na China. E é mesmo um blockbuster de
Hollywood Não à toa a presença de Matt
Demon, nas primeiras cenas barbado, fazendo um europeu de fala inglesa que
busca pólvora na China de um passado distante, logo barbeado pois é com a cara
do jovem “perdido em Marte” que vende o espetáculo.
Um
apanhado de sequencias de batalhas entre chineses e monstros que atacam a
muralha do titulo, com muitas personagens fabricadas em computadores, preenche
pouco mais de hora e meia (e isso é uma vantagem pois seria um saco ver o filme
com mais de duas horas de projeção) , enche a tela. Chega a haver um flerte
entre o tipo encarnado por Dammon e a guerreira Lin Mae(Tian Jing). Mas nada às
ultimas consequências. O engraçado é que Williamm (Demon)é um americano que
salva chineses preferindo lutar ao lado deles a fugir com o colega Tovar (Pedro
Pascal) levando pólvora em mochilas. Nada convincente como as próprias lutas
onde chega a se ver um embate aéreo com mocinha e mocinha dependurado em balão
castigando os inimigos de cima para baixo.
Zhang
Yimou tem 65 anos e no currículo 61 prêmios por 30 filmes. Não é o bastante
para sua ambição mais comercial que estética. O problema é que este seu espetáculo
de agora vai mal nas bilheterias americanas. E foi feito para faturar por lá.
Ganharam os monstros. Perderam os espectadores.
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