quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Cinema Mexicano do Passado

                Mais um programa de filmes mexicanos no tradicional Olympia. Curioso é que desta vez há espaço para os velhos artistas daquele país. O caso de Maria Antonieta Pons(1922-2004) que está em “Viva Mi Desgracia” de 1944 dirigido por Roberto Rodriguez(1909-1995).Maria era conhecida como rumbeira, ao lado de Ninon Sevilla(1929-2005), como ela uma cubana que andou pelo Brasil.
                Aqui Maria esteve com Oscarito em 1952 na chanchada “Carnaval Atlantida’de Jose Carlos Burle e Carlos Manga.Ninon foi mais longe: chegou à nossa Belém e dançou com um amigo meu, o Dorival que a gente chamava de Cantinflas por imitar o cômico mexicano.
                Maria Antonieta é uma das poucas figuras do velho cinema asteca que está no novo programa enviado pela embaixada mexicana. Pedro Infante (1917-1957) também surfou na onda dos melodramas, mas não foi estrela como Ramon Armengod. Lembro dessa fase que levava muita gente brasileira aos cinemas e aqui lotava salas como o velho Olympia e ainda as concorrentes Moderno e Independência.
                O tempo era do cine-bolero, inaugurado com “Pecadora”(1947)de Jose Diaz Morales. Cada filme inseria na pista de som um bolero. E geralmente a musica virava sucesso em radio e disco. Nos filmes a tônica era prostituta infeliz que acabava tuberculosa. E o publico chorava por isso. Filmes que a critica odiava (e eu no meio). Mas hoje sei que espelhavam uma cultura com certo apego. Interessante é que muitos exemplares pensavam no Brasil e em “Pecadora” tinha até o conjunto brasileiro “Anjos do Inferno” cantando a embolada “Sete e Setecentos”.
                Gostaria que num desses programas veiculados pela embaixada do México entrasse o ciclo de dramalhões populares nos anos 40 e 50. Libertad Lamarque, Emilia Guiu podiam ser encontradas cantando em lagrimas. Engraçado que  a censura brasileira proibia as produções até 18 anos. E a molecada fazia força para furar o bloqueio e ver as coisas (até para saber o que tinha de proibido).

                Na atual retrospectiva que deve estar no final de agosto no Olympia há de tudo, até o clássico”Amores Brutos” de Iñarritu. Um hiato na programação das salas de shopping que abrem largos espaços para drogas como o novo “Ben Hur”.

4 comentários:

  1. Olá Pedro! Sou filho do Geraldo Guimaraes, que fez alguns filmes quando era jovem. Vc teria algum deles, e se positivo, tem como me vender uma cópia? Muito obrigado!
    Geraldo Guimaraes Jr
    (011)994986612

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  2. Tenho "O Desastre". Vou tirar uma copia e v.pode pegar amanhã na portaria de meu prédio (Ed.Manhatt

    am, na rui Barbosa 619 entre Aristides lobo e Tiradentes). Outros filmes eu estou tentando passar para dvd.

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  3. Pedro, queria te agradecer imensamente! Acabei de receber o DVD, e me emocionei muito! Vc sabe me dizer em que ano foi feito e quem sao os atores, alem do meu pai?
    Forte abraço

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  4. Foi em 1852, Os demais "atores" são os colegas do Colegio Moderno, Agostinho Barros e Acleu Braga.

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