quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Até o Último Homem

“Até o Ultimo Homem”(Haksaw Ridge) reabilita Mel Gibson no mundo capitalista que maneja o cinema americano. Com roteiro de Robert Schenkkan e Andrews Knight segue a trajetória real de Desmond T.Doss(interpretado por Andrew Garfield), membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia, filho de pai veterano de guerra e mãe pacifica, que é incentivado a ser convocado para participar da Primeira Guerra Mundial como ajudante de médico. A condição é não usar rifle em nenhum momento, mesmo no campo de batalha.A meta é ajudar quem precisa.
         Gibson gosta de sequencias de violência (quem esqueceu “A Paixão de Cristo”?) e exibe muitas imagens de batalhas com todos os recursos que tem direito. Bons atores e boa montagem ajudam uma direção de arte que recria um conflito antigo. Mas há pouca substancia para enquadrar o jovem pacifista no seu programa de fé. Um jogo fatal de comportamento é escondido na amostragem de amigos de Desmond feridos e ele fazendo o possível para salvá-los. Parece não  haver tempo de se questionar o que ele faz e substancialmente por que faz.
         Certamente o roteiro não é destinado a liames introspectivos. O que interessa é um estranho religioso num ninho de violência. Com o cuidado de não fazer disso um sermão.
         Limitado, portanto, a um espetáculo bem conduzido, “Até o Ultimo Homem” dá o que a indústria pede de um cineasta (e ator)considerado capaz mas vulnerável a filmes ruins e coroando isso a cobertura da imprensa a assuntos particulares como um divorcio prolongado e caro(com a mãe de seus 7 filhos) e um flagrante de embriaguez na direção de um veiculo. Nascido nos EUA mas criado na Austrália, Gibson foi até o Mad Max preferido de George Miller. Com o novo trabalho para um grande estúdio e indicações ao Oscar, ganha alento. Não é o seu melhor trabalho como diretor, mas é filme acima da média que sai da fabrica de blockbuster.  


Desmond T. Doss (Andrew Garfield) é filho de um ex-combatente (Hugo Weaving), que o incentivava, assim como a seu unico irmão, a seguir seu caminho incentivar conflitos entre Doss e seu irmão e de violentar a sua esposa Bertha (Rachel Griffiths). A razão de sua bondade vem por corresponder aos preceitos da Igreja Adventista do Sétimo Dia, que, acima de tudo, sempre se negou ao incentivo do combate entre homens. Pois a provação de Doss vem justamente a de rejeitar o uso de armas ao se alistar para ser um socorrista na Segunda Guerra Mundial, função que somente poderá exercer armado

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Prezado Veriano, boa noite. Desmond T. Doss se alistou para participar da Segunda Guerra Mundial e não da Primeira.
    Respeitosamente,
    Maurício.

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