sexta-feira, 6 de abril de 2018

O'Henry e Takahata


O escritor americano O’Henry, chamado realmente William Sydney Porter, começou carreira na prisão onde cumpria pena por desfalque no banco onde trabalhou. Dizia que seus textos eram para beneficiar uma filha, órfã da mãe e afinal a causa dele ter se entregue à policia depois de ter fugido para Honduras onde passou bom tempo. As pequenas historias ganharam publico de tal forma que ele, depois de sair da detenção em tempo curto por bom comportamento, ficou famoso, com livros editados. Suas tramas ganharam cinema desde a fase muda. Mas em 1950 saiu o filme mais conhecido com base nessas historias, “O’Henry’s Full House”(aqui “Paginas da Vida”). Quem ainda não conhece que procure o dvd nas lojas do sul. Há uma dessas historias que cabe hoje pela sua ironia com relação às prisões. Charles Laughton faz o papel de um velho mendigo que quer ser preso pois acha a única forma de ganhar comida e leito para dormir. Faz de tudo para isso, até tentar um chute num guarda quando escorrega, cai e o guarda ainda o ajuda a levantar. No fim das contas quem vai mesmo para a cadeia é conhecido dele que prima pela  humildade.
O’Henry se daria bem hoje onde a Historia brinca de reprise alimentando prisões discutíveis e na linha fomentando a criação de mitos que no futuro serão (ainda mais) idolatrados.
O episodio citado no filme chama-se “The Cop and the Anthen” e é dirigido por Henry Koster de um roteiro de Lamar Trotti.
Mais de cinema: morreu Isao Takahata, um dos mestres da animação japonesa, o preferido do ícone do gênero Hayao Miyazaki. Dele andou por aqui “Tumulo dos Vagalumes”, e “O Conto da Princesa Kaguya”.
Isao tinha 82 anos e  a causa de sua morte foi câncer no pulmão. Por “A Princesa...” chegou a ser candidato ao Oscar.

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