Carol e
Therese ficam juntos quando a câmera as abandona em “Carol”(EUA,2015) ? Os
ulimos planos focalizam closes das duas em posições diversas, Carol com amigos
vê a amiga&amante e sorri. Therese está triste olhando para ela. Fim. Se as
duas mulheres homo vão continuar no mesmo leito cabe ao espectador. E isto
engrandece o filme de Todd Haynes,não sei se respeitoso ao roteiro de Phyllis
Nancy baseado no livro de Patricia Higsimith. Se desrespeitou melhor. O cinema
que pede a participação de quem o vê é o que combate a alienação sem entrar no
rol dos charadistas que embaralham imagens pensando que assim estão
reinventando uma arte de mais de cem anos.
No
pareo dos Oscar estão bons filmes. A
turma que acha a escolha preconceituosa porque não reservou espaço para outras
etnias é a mesma formada por pretos,brancos e amarelos que escolhem os títulos a
competir.
Em
Belém está “Brooklyn” e esteve “Carol”. Noutras praças está agora “A Garota
Dinamarquesa” que me pareceu muito bom. E na próxima semana talvez esteja “O
Quarto de Jack”(Room) este, a meu ver, um dos melhores da competição. Aliás eu
pensei no Mito da Caverna ao ver o garoto e a mãe presos num quarto por 7
anos(ele desde que nasceu). Não sei se o roteiro pensou em Platão. A escritora
Emma Donohue pode não ter pensado no filosofo grego. Não importa, o tema
destila a impressão do aprisionamento com toda a carga de consequências em
torno. É um belo filme do irlandês Lenny Abrahamson o mesmo de “Frank” onde
assinou Leonard Abrahamson. Tomara que chegue mesmo a um dos nossos cinemas,
embora no circuito comercial seja difícil pela ambição dos blockbuster. Por
sinal que na revista “Preview” está um relatório de próximas estréia e isso
aterrorize. É só espetáculo da linha Mavel...
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