“2 Irmãs e Uma Paixao”(Die Geliebten Schwestern) relata um
estranho romance a três, com duas irmãs muito unidas, Charlotte e Caroline,
apaixonando-se pelo poeta Schiller, conhecendo-o desde que era um calouro na
arte que o consagrou.
O filme é escrito e dirigido por
Dominik Graf, dono de 40 prêmios internacionais dentre seus 42 filmes(tem um
documentário a estrear).
Bons interpretes elevam a
arquitetura melodramática, a lembrar os romances de
M.Delly, diluindo sobremodo o fato histórico em torno e
limitando Schiller a um galã doente que mesmo assim disputa as donzelas nos
versos e na alcova.
Há um cuidado especial para com a
direção de arte e os figurinos, criando a época dos fatos narrados (a
aristocracia alemã do século XVIII). Mas a narrativa é preguiçosa, com muitas
falas, ação reduzida, e um excesso de metragem (170 minutos). Mesmo assim há o
que apreciar. As atrizes Hannah Herzsprund e Henriette Confurius que representam respectivamente
Caroline Charlotte, convencem na difícil amostragem da sociedade no amor de um
homem que não possui o requinte social exigido pela mãe delas que pretende
subir socialmente com um casamento das filhas a se fazer com homens ricos. Quem
fica sempre distante de seu papel inclusive no patamar histórico é o Frederic
Schiller de Florian Stetter.
A
verdade por trás do romance não interessa ao cineasta. Seu filme quer defrontar
o poético com o quadro formado por uma elite em crise (especialmente depois da
Revolução Francesa). É um esforço grande e apesar de gerar um produto cinematográfico
pouco acessível a quem vê cinema como divertimento, vale consultar.
Vi ontem, achei o filme longo demais e com algumas cenas desnecessarias, com uma direção de arte otima, mas se perde por ser longo demais
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