terça-feira, 22 de março de 2016

2 Irmãs e Uma Paixão

“2 Irmãs e Uma Paixao”(Die Geliebten Schwestern) relata um estranho romance a três, com duas irmãs muito unidas, Charlotte e Caroline, apaixonando-se pelo poeta Schiller, conhecendo-o desde que era um calouro na arte que o consagrou.
O filme é escrito e dirigido por Dominik Graf, dono de 40 prêmios internacionais dentre seus 42 filmes(tem um documentário a estrear).
Bons interpretes elevam a arquitetura melodramática, a lembrar os romances de
M.Delly, diluindo sobremodo o fato histórico em torno e limitando Schiller a um galã doente que mesmo assim disputa as donzelas nos versos e na alcova.
Há um cuidado especial para com a direção de arte e os figurinos, criando a época dos fatos narrados (a aristocracia alemã do século XVIII). Mas a narrativa é preguiçosa, com muitas falas, ação reduzida, e um excesso de metragem (170 minutos). Mesmo assim há o que apreciar. As atrizes Hannah Herzsprund e Henriette Confurius           que representam respectivamente Caroline Charlotte, convencem na difícil amostragem da sociedade no amor de um homem que não possui o requinte social exigido pela mãe delas que pretende subir socialmente com um casamento das filhas a se fazer com homens ricos. Quem fica sempre distante de seu papel inclusive no patamar histórico é o Frederic Schiller de Florian Stetter.

                A verdade por trás do romance não interessa ao cineasta. Seu filme quer defrontar o poético com o quadro formado por uma elite em crise (especialmente depois da Revolução Francesa). É um esforço grande e apesar de gerar um produto cinematográfico pouco acessível a quem vê cinema como divertimento, vale consultar.

Um comentário:

  1. Vi ontem, achei o filme longo demais e com algumas cenas desnecessarias, com uma direção de arte otima, mas se perde por ser longo demais

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