segunda-feira, 28 de março de 2016

HQ no Cinema

Sou do tempo em que a DC Comics rivalizava com a King Features do grupo Hearst. Os quadrinhos da DC eram veiculados no Brasil pelas revistas mensais do grupo Globo e os da King pela mesma editora em revistas semanais como Gibi e Globo Juvenil. Pouco antes de meu período de leitor dessas mídias os heróis da King surgiram no Suplemento Juvenil de Adolfo Aizen, o pioneiro dessa arte em nosso terreno, ele que encontrara a “novidade” nos EUA quando trabalhava para um jornal carioca e que chegou a trazer algumas historias como “amostra grátis” para ver se seriam bem recebidas aqui. O sucesso foi grande e quando Aizen voltou para pagar a novidade  esta já havia sido comprada por Marinho. Os da DC seguram o mesmo caminho inclusive na revista “O Lobinho”  de Aizen(antes dele fundar a sua Brasil-America com HQs de muitos países).
Batman (O Homem Morcego) e Superman(Super Homem) foram logo sucesso e chegaram também em desenhos animados e series. Eu era um dos moleques que ia para o cinema ver essas series, mais ainda quando eram exibidas de uma vez em programa ousado da empresa local Cardoso&Lopes driblando a distribuidora(no caso a Columbia).
Hoje os dois megaherois chegam em filme de custo elevado que os coloca em luta um contra o outro. Na hora em que rascunho esse texto ainda não consegui coragem para enfrentar mais de duas horas e meia numa sala gelada para ver o filme com som original. Hoje ir ao cinema é missão difícil. E temo em ver o besteirol que fizeram os heróis do passado. Penso em pegar uma dose de kryptonita vendo a coisa. Mas devo ir. Obrigação de antigo fã de HQ. Mas sei antes de ver que o novo filme é uma reação da Warner, dona da DC, ao sucesso da Marvel, ora ganhando espaço nas telas com seus heróis em produções caras que a Disney banca(posto que a Marvel é hoje membro da Disney).

                “Superman vs Batman, A Liga da Justiça” faturou mais de 400 mi na estreia americana. O diretor Zack Snider, uma espécie de Michael Bay na arte de fazer produto comercial de venda fácil, deve ter feito o bastante para magoar quem viu a dupla ora beligerante em tempo de paz e amor. Haja saco!

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