Eric Bergen, Christopher De Wore e Nicholas
Kazan(filho do diretor Elia Kazan)escreveram o roteiro do filme “Frances”(1982)
, candidato ao Oscar de atriz para Jessica Lange- e uma das injustiças da Academia
de Hollywood que preteriu um dos melhores desempenhos de atriz que eu consegui
ver.
O filme dirigido pelo irregular Greame Clifford
vai poder ser (re)visto agora(cinema e vídeo). Venceu o tempo. Verdade ou não
a biografia da atriz Frances Farmer ganhou memoria no livro, na musica e na
arte que a personagem abraçou: o cinema(não sei se no teatro, que ela
privilegiava).
Frances desde muito jovem mostrou-se irreverente.
Num trabalho escolar discutiu a presença divina. Simpatizante das ideias
comunistas chegou a viajar para Moscou. Sua mãe sempre a vigiava e procurava
mudar seu pensamento. Taxada de louca, subtraiu a terapia psicológica de
então e chegou a ser interna por mais de uma vez em hospital psiquiátrico. Um
livro escrito depois de sua morte, por câncer, aludiu uma lobotomia numa
dessas internações. O filme endossa. Mas a verdade é que Frances sofreu muito
com remédios para depressão e problemas familiares a começar com o despotismo
materno. Mesmo depois de tanto sofrimento ainda fez cinema.
O filme tem uma linguagem linear que se fortifica
a cada plano de Jessica Lange. Parecida fisicamente com Frances ela deixa que
se veja e sinta o drama da personagem. É difícil ficar indiferente ao que
Clifford filmou.Um belo filme que foi exibido nas salas comerciais de Belém
em tempo hábil mas sem entusiasmo. É dessas raras produções que cresceram com
o tempo.
Jessica Lange, que ainda atua aos anos ganhou duas vezes o Oscar: por “Tootsie”
e “Céu Azul”. Bons trabalhos mas inferiores ao “tour de force” de viver a
sofrida Francis Elena Farmer.
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segunda-feira, 21 de março de 2016
Frances
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