Assessorados pela
irmã Monica (Antonia Zegers), os padres Vidal (Alfredo Castro), Ramirez
(Alejandro Sieveking), Silva (Jaime Vadell) e Ortega (Alejandro Goic) reúnem-se
numa casa isolada no interior do Chile e recebem o colega O padre Lazcano
(Jose Soza) . Nesse dia, o camponês
Sandokan (Roberto Farias), uma das crianças que sofreran abuso sexual por
sacerdotes, aparece gritando na rua o que lhe fez o padre Lazcano. A acusação
leva este sacerdote a se matar. E o caso chama uma espécie de assessor
eclesiástico chamado Garcia (Marcel Alonso) que passa a ouvir os casos de investidas
sexuais de todos sem, com isso, parecer um enérgico desaprovador dos fatos.
“O Clube”(El
Club/Chile, 2015) ganhou prêmios, esteve no Globo de Ouro, e perto dele as
exposições de “Spotlight” são ingênuas.
O cineasta Pablo Larrain(de
“No”) mostra-se implacável na acusação aos religiosos transgressores. E o ritmo
dado à narrativa faz com que não canse a quase hegemonia de espaço(o filme se
passa em sua maior parte nos aposentos dos sacerdotes). Também o uso de uma
iluminação restrita, apelando para o vermelho que traduz o terror ambiente(e é
terror ao se saber que homens que admitiram o celibato são maníacos sexuais).
Um tema sério e
oportuno que o cinema trata agora com a liberdade que ele pede. Não é um
discurso contra o celibato mas ganha a força maior nesse ponto. Quem viu o hoje
premiado filme americano(Spotlight) deve ver este “Clube” chileno ora em cartaz
por aqui no Libero Luxardo.
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