terça-feira, 8 de março de 2016

O Clube

                Assessorados pela irmã Monica (Antonia Zegers), os padres Vidal (Alfredo Castro), Ramirez (Alejandro Sieveking), Silva (Jaime Vadell) e Ortega (Alejandro Goic) reúnem-se numa casa isolada no interior do Chile e recebem o colega O padre Lazcano (Jose Soza) . Nesse dia, o  camponês Sandokan (Roberto Farias), uma das crianças que sofreran abuso sexual por sacerdotes, aparece gritando na rua o que lhe fez o padre Lazcano. A acusação leva este sacerdote a se matar. E o caso chama uma espécie de assessor eclesiástico chamado Garcia (Marcel Alonso) que passa a ouvir os casos de investidas sexuais de todos sem, com isso, parecer um enérgico desaprovador dos fatos.
                “O Clube”(El Club/Chile, 2015) ganhou prêmios, esteve no Globo de Ouro, e perto dele as exposições de “Spotlight” são ingênuas.
                O cineasta Pablo Larrain(de “No”) mostra-se implacável na acusação aos religiosos transgressores. E o ritmo dado à narrativa faz com que não canse a quase hegemonia de espaço(o filme se passa em sua maior parte nos aposentos dos sacerdotes). Também o uso de uma iluminação restrita, apelando para o vermelho que traduz o terror ambiente(e é terror ao se saber que homens que admitiram o celibato são  maníacos sexuais).

                Um tema sério e oportuno que o cinema trata agora com a liberdade que ele pede. Não é um discurso contra o celibato mas ganha a força maior nesse ponto. Quem viu o hoje premiado filme americano(Spotlight) deve ver este “Clube” chileno ora em cartaz por aqui no Libero Luxardo.

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