Patricia Highsmith escreveu o romance que gerou “Carol” o
filme de Tod Haynes que concorre a 5 Globos de Ouro e certamente vai levar a
disputa do Oscar as protagonistas Cate Blanchett(também produtora) e Rooney
Mara.
O enredo é simples: mulher casada e com uma filha
apaixona-se por outra mulher e o marido,por causa disso, pede divorcio e mando
da menina. No vai e vem judicial Carol(Blanchet), a esposa lesbica, conhece
Therese(Mara), uma balconista de loja e muda de paixão. Só que Therese é de
temperamento tímido e leva o romance muito a sério.
Gostei de planos finais que saltam de um close de Therese a
um médio de Cate com amigos em mesa de restaurante. A primeira estampa
decepção, a segunda não importismo. Lembrei de outros amores perdidos em filmes
notáveis. Este é das atrizes. Mais de Rooney Mara. Embora elas mostrem o
talento que possuem o filme não decola para muito alto. A substancia gerada por
um amor homo fica nas caras de uma socialite que mais do que as parceiras quer
continuar sendo mãe e a proleta que descobre sua tendência afetiva e ao mesmo
tempo se decepciona.
Melhor me pareceu “A Garota Dinamarquesa”(The Damish Girl)
onde Eddie Redmayne tenta bisar premio ganho por”A Teoria do Tudo”onde fez o
físico Stephen Hawking. Aqui ele é Einar, marido de Gerda(Alicia Vikander) mas
aos poucos deixando fluir a personalidade de Lili, a mulher que sente ser a sua
verdadeira personalidade.
O filme se baseia no livro Lucinda Coxon e é tratado como um
caso real onde se tentou uma mudança de sexo, nos anos 1930 (ou 40) com a morte do(a) paciente.
O diretor Tom Hooper conta bem o caso e define através de Redmayne o tipo
principal. Um filme denso que se vê com agrado sem adentrar por um cerebralismo
que diluiria o teor dramático.
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