Por “45
Anos”(45 Years) Charlotte Rampling dona
de 22 prêmios internacionais é candidata ao seu primeiro Oscar. Ela faz a
mulher de um antigo campeão olímpico que se prepara para comemorar com eles
seus 45 anos de casada. Nas vésperas, o marido recebe uma carta em alemão,
idioma que não domina bem, avisando que acharam congelado, na neve, o corpo de
sua antiga namorada. Este romance nunca foi revelado á mulher com quem reza um
eterno amor. E abala a festa dos 45.
O filme
dirigido por Andrew Haigh(é seu segundo longa metragem)tem roteiro dele com
base numa historia de David Constantine. Pode-se dizer que se exime de lances dramáticos.
Corre a vida, com suas surpresas e sua rotina, focando duas pessoas idosas que
alimentam a vitória de estarem juntas por largo período e se dedicarem como
autenticas “almas gêmeas”. E isso exige muito dos atores. Rampling e Tom
Courtnay merecem aplausos (e se foss no teatro, onde cabe a historia, receberiam
logo). Seria ótimo se agora Hollywood premiasse Charlotte. Mas vai ser difícil,
e é indesculpável o esquecimento de Tom, comediante de 51 filmes a notar “O
Mundo de Billy Liar”, “Rei de um Inferno” e coadjuvante de clássicos como “Dr
Jivago” e “A Noite dos Generais”.
Tom,
Charlotte e o filme são ingleses. O diretor também. Há um toque do melhor David
Lean. Um quadro de família a lembrar o “Amor” de Trintignant & Riva sem
aquele fecho de tragédia.
Oxalá o
filme chegue por aqui, e eu penso que só pode acontecer numa sala especial e
agora com o Cine Estação em projetor digital a oportunidade aumenta.
Cine Estação irá ganhar o tão sonhado projetor digital, deixando de exibir filmes em Datashow?
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