Dalton Trumbo (1905-1976) foi um dos dez integrantes dos estúdios
de Hollywood(especialmente roteiristas) que foram presos como comunistas e por
isso inimigos dos EUA no auge da chamada “guerra fria”com a União Soviética.
Trumbo era casado, tinha 3 filhos, e morava em um rancho
distante da região metropolitana(Los Angeles). Ao sair da prisão, vendo-se
desempregado, passou a escrever roteiros para outros apresentarem com nomes fictícios.
Nesta operação ganhou Oscar por “A Princesa e o Plebeu”(Roman Holiday) e “Arenas
Sangrentas”(The Brave One).
Sobre ele sai agora o filme Trumbo”(2015) por onde o ator Bryan
Cranston é candidato a Oscar.
Vi o documentário de Peter Askin feito em 2007. O trabalho
atual, de Jay Roach,é melhor Não sob o ponto de vista de informações, mas pela
criação dramática que humaniza o personagem. Nele se vê o marido e pai
devotado, embora de gênio explosivo, que passa a maior parte do dia na velha
maquina de escrever colocando no papel não só as ideias que gerara livros como
os filmes de diversos gêneros.
Os dois filmes se ocupam da “lista negra”como chamava o
senador McCarthy.E mostram os “dedos duros” da indústria do cinema como Walt
Disney, Robert Taylor,Edward G.Robinson, John Wayne, e a colunista Hedda
Hopper(no filme de agora representada muito bem por Helen Mirren).
São filmes
especialmente sobre a liberdade de expressão. E o cinema de agora usa isso com
muita frequência (só no páreo do Oscar estão “Spotlight”e”A Grande Aposta”).De
festejar.Só não gostei de terem omitido o único filme que Trumbo dirigiu e
baseado em um de seus romances: “Johnny vai à Guerra”. Excelente recado
anti-bélico.
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