“Atomica”(Atomic
Blonde) passou nos cinemas locais e eu não fui ver, preferindo me resguardar do
gênero(ação), hoje mola mestra do cinema industrial, crente de que é o que os jovens gostam e pagam ingresso. Vi
agora em casa (dvd) e me surpreendi com alguns achados.
O roteiro é adaptação dos
quadrinhos, “The Coldest City“, escritos por Antony
Johnston e Sam Hart. Não o conheço. Mas pelo filme percebe-se que é da faixa de
privilegia a mulher, tirando-a da praxe de “ajudante do mocinho”. Aqui a heroína
é uma espiã ligada a CIA que vai agir na Berlim do final do muro que separava a
cidade, é sobretudo boa de briga. O objetivo é conseguir uma lista de nomes
ligados aos soviéticos que não desejavam o fim da autoridade do setor oriental
, alimentando a guerra fria com os EUA chefiando. O contato não é fácil e a heroína
vê-se alvo de assassinos profissionais. É muita pancadaria e desta vez as
mulheres batem como os marmanjos e saltam como atletas olímpicos.
O
final deixa brecha para uma série; Charlize Theron dá margem a isso. Sua
Lorraine é mais ativa do que a Mulher Maravilha de outros gibis. Claro que a
trama é fantasia a molho pardo e nada de mal acontece à espiã. Cabe até a paráfrase
ao texto de John LeCarré, “O Espião que Veio do Frio” , e que deu um filme de Martin Ritt em 1955. Mas
o que preside este “Atômica” é a ação pela ação. E isto a direção de David
Letche consegue. E Charlize assume. Valem os dois pela hora e cinquenta que se
passa assistindo a proeza.
Não
sei se suportaria a coisa na sala gelada de um shopping. Em casa é melhor do
que um episodio de TV . Pelo menos não dá sono.
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