Winston Churchill entrou para a Historia, não só do Reino
Unido mas do mundo todo, como o ministro inglês que desafiou a prepotência nazista,
no caso às vizinhanças da Inglaterra depois de tomar países europeus - chegando
perto da França(que acabou tomando).No momento crucial em que soldados ingleses
viviam o drama da retirada em Dunquerque, tentando escapar dos tanques alemães
acolhidos por barcos particulares que atendiam aos apelos do próprio Churchill,
ele, o Primeiro Ministro, recusava-se a assinar tratados de paz com
Hitler(através de Mussolini, o chefe fascista italiano) pedindo aos conterrâneos
que “lutem nas praias” mas não se entreguem ao ditador germânico.
A odisseia
de Churchill ganha o roteiro (assinado por Anthony McCarten)do filme ‘O Destino
de uma Nação”(The Darkest Hour) de Joe Wright (diretor do ótimo “Orgulho e
Preconceito”). Um roteiro objetivo, fato que alguns críticos não quiseram ver
pedindo detalhes biográficos do principal personagem(que é delineado sem
necessidade de maiores traços). E a direção conseguiu unir todos os elementos cinestéticos
num trabalho que se pode chamar de histórico, recriando a Londres de 1940 até
na feição do metrô da época, quando pessoas do povo se manifestam ao ministro
seu desejo de continuar lutando pelo país ao invés de render-se à sanha
nazista.
Mas
apesar de tudo funcionar a contento na realização, salta aos olhos o esforço do
ator Gary Oldman, ganhando a feição do biografado não só na mascara, mas até no
andar, suportando intensa maquilagem a cargo de 17 técnicos. Oldman ganhou o
Globo de Ouro e deve ganhar o Oscar
deste ano (o concorrente é James Franco em “O Diretor do Desastre”). Seu Churchill aumenta a credibilidade do
filme, um excelente trabalho dos ingleses que conseguem desviar a atenção do
elo patriótico e dar imagens de um tempo dramático que importou no mundo em que
hoje se vive.
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