segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

O Destino de uma Nação

Winston Churchill entrou para a Historia, não só do Reino Unido mas do mundo todo, como o ministro inglês que desafiou a prepotência nazista, no caso às vizinhanças da Inglaterra depois de tomar países europeus - chegando perto da França(que acabou tomando).No momento crucial em que soldados ingleses viviam o drama da retirada em Dunquerque, tentando escapar dos tanques alemães acolhidos por barcos particulares que atendiam aos apelos do próprio Churchill, ele, o Primeiro Ministro, recusava-se a assinar tratados de paz com Hitler(através de Mussolini, o chefe fascista italiano) pedindo aos conterrâneos que “lutem nas praias” mas não se entreguem ao ditador germânico.
                A odisseia de Churchill ganha o roteiro (assinado por Anthony McCarten)do filme ‘O Destino de uma Nação”(The Darkest Hour) de Joe Wright (diretor do ótimo “Orgulho e Preconceito”). Um roteiro objetivo, fato que alguns críticos não quiseram ver pedindo detalhes biográficos do principal personagem(que é delineado sem necessidade de maiores traços). E a direção conseguiu unir todos os elementos cinestéticos num trabalho que se pode chamar de histórico, recriando a Londres de 1940 até na feição do metrô da época, quando pessoas do povo se manifestam ao ministro seu desejo de continuar lutando pelo país ao invés de render-se à sanha nazista.

                Mas apesar de tudo funcionar a contento na realização, salta aos olhos o esforço do ator Gary Oldman, ganhando a feição do biografado não só na mascara, mas até no andar, suportando intensa maquilagem a cargo de 17 técnicos. Oldman ganhou o Globo de Ouro e deve ganhar  o Oscar deste ano (o concorrente é James Franco em “O Diretor do Desastre”).  Seu Churchill aumenta a credibilidade do filme, um excelente trabalho dos ingleses que conseguem desviar a atenção do elo patriótico e dar imagens de um tempo dramático que importou no mundo em que hoje se vive.

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