Consta que a diretora Greta Gerwig fez uma
autobiografia em “Lady Bird, A Hora de Voar”(Lady Bird). A personagem que seria
seu alter-ego é Christine McPherson (Saoirse Ronan), garota da classe
média americana que se defronta com as dificuldades financeiras da família (o
pai, idoso, desempregado, a mãe lutando em um emprego difícil)e que deseja
emancipação desde a busca por um diploma universitário passando pela experiência
sexual.
O filme que já tem 2 Globos de Ouro e certamente vai ao Oscar
apresenta uma bela interpretação das atrizes principais, Saorise e Laurie
Metcalf (que faz sua mãe, Marion). Afora isso uma boa montagem da rotina de
vida de figuras de uma classe social e adentrando pela mudança de cenário
quando Christine, que se dizia Lady Bird, está em uma metrópole (ela vivia no
interior) e o ambiente pede não só que use seu nome de batismo como telefone
para os pais que havia deixado, conversando especialmente com a mãe de quem
tinha sérios atritos (um deles, logo no inicio do filme, faz ela pular do carro
em movimento e com isso quebrar o braço).
Uma narrativa que inspira sinceridade e com isso desculpa
certas nuanças como na unidade de tempo (há mudanças bruscas no temperamento de
tipos). Mas nada prejudica o que quer a cineasta e a sua atriz, já premiada,
realmente está muito boa, conseguindo verossimilhança na garota rebelde com
causa.
Um bom filme que possivelmente vai ser exibidos numa das
salas de cinema locais. Claro que deve ser visto com o som original. Penso na
aberração que será dublado.
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