Os tradutores brasileiros não quiseram manter o original
Coco para o titulo do novo filme da PIXAR(“Viva, a Vida é uma Festa”), empresa
de animação hoje ligada a Disney e detentora dos prêmios e elogios merecidos em
títulos como “Divertidamente”, Up”, “Ratatouille” ou “Wall E”. Não importa.
Coco (com ou sem circunflexo)não é fezes nem fruto, é a velhinha bisavó de
Miguel, o principal personagem de uma historia tragicômica que leva o menino
apaixonado por musica, impedido de tocar violão pela mãe que diz ter o marido
dela fugido de casa por ser musico. Acompanhado de um cachorro de rua o menino
entra no reino dos mortos durante a grande festa de Finados (2 de novembro)que
se realiza no México (terra dele). E é ali que vai encontrar quem é quem, seja
o responsável pela atitude materna, seja o ídolo do publico em época passada,
um “mariachi” que na verdade usava composições alheias e era até um assassino.
O filme
mantem a aura dos melhores do estúdio, além da parte técnica, com uma narrativa
ágil e recurso de animação de primeiríssima qualidade, chegando a emocionar quando trata da morte, da
mesma forma que trata da família e da amizade. Bons exemplos que se veem sem
gancho melodramático, usando até de brincadeira para chegar a um final poético onde
a bivó , depois de reconhecer em lagrimas o que lhe diz o bisneto, está no(ano
seguinte) além com seu amado e amigos participando ao lado dos vivos da alegria
que rege as tradicionais comemorações mexicanas do dia dos mortos.
Vi o
filme dublado, pois não chegou por aqui copia com o som original. Mesmo assim
acompanhei com entusiasmo as imagens da dupla de diretores Lee Unkrich e Adrian Molina (este um estreante
na direção, vindo de edições em filmes do estúdio como “Toy Story 3”).
Chega a
ser instrutivo dar à criança-espectador a imagem menos funesta do fim da vida.
Nada de fantasmas. É uma festa de esqueletos a acompanhar o ritmo das canções.
Pena é que delas se ouça pouco (e não sei se vão para o Oscar).
Reclamo
só o fato de faltar o curta metragem que
sempre acompanha os longas da PIXAR. E eles, via de regra. foram obras-primas.
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