sábado, 6 de janeiro de 2018

A Vida é uma Festa

Os tradutores brasileiros não quiseram manter o original Coco para o titulo do novo filme da PIXAR(“Viva, a Vida é uma Festa”), empresa de animação hoje ligada a Disney e detentora dos prêmios e elogios merecidos em títulos como “Divertidamente”, Up”, “Ratatouille” ou “Wall E”. Não importa. Coco (com ou sem circunflexo)não é fezes nem fruto, é a velhinha bisavó de Miguel, o principal personagem de uma historia tragicômica que leva o menino apaixonado por musica, impedido de tocar violão pela mãe que diz ter o marido dela fugido de casa por ser musico. Acompanhado de um cachorro de rua o menino entra no reino dos mortos durante a grande festa de Finados (2 de novembro)que se realiza no México (terra dele). E é ali que vai encontrar quem é quem, seja o responsável pela atitude materna, seja o ídolo do publico em época passada, um “mariachi” que na verdade usava composições alheias e era até um assassino.
                O filme mantem a aura dos melhores do estúdio, além da parte técnica, com uma narrativa ágil e recurso de animação de primeiríssima qualidade,  chegando a emocionar quando trata da morte, da mesma forma que trata da família e da amizade. Bons exemplos que se veem sem gancho melodramático, usando até de brincadeira para chegar a um final poético onde a bivó , depois de reconhecer em lagrimas o que lhe diz o bisneto, está no(ano seguinte) além com seu amado e amigos participando ao lado dos vivos da alegria que rege as tradicionais comemorações mexicanas do dia dos mortos.
                Vi o filme dublado, pois não chegou por aqui copia com o som original. Mesmo assim acompanhei com entusiasmo as imagens da dupla de diretores  Lee Unkrich e Adrian Molina (este um estreante na direção, vindo de edições em filmes do estúdio como “Toy Story 3”).
                Chega a ser instrutivo dar à criança-espectador a imagem menos funesta do fim da vida. Nada de fantasmas. É uma festa de esqueletos a acompanhar o ritmo das canções. Pena é que delas se ouça pouco (e não sei se vão para o Oscar).

                Reclamo só o fato de faltar  o curta metragem que sempre acompanha os longas da PIXAR. E eles, via de regra. foram obras-primas.

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